
Para o ano que entrará em seguida, seguem algumas das práticas de RH nas empresas que priorizam aqueles que estão nos bastidores das suas conquistas, ou seja, os colaboradores. Confira.
Bem-estar dos colaboradores
Embora falemos de algo já debatido nas organizações, o assunto ganha reforço a partir de novas perspectivas e reivindicações dos trabalhadores. Se antes o termo bem-estar era relacionado aos cuidados básicos de um empregador para com os seus contratados, agora o cenário é outro. Precauções com princípios de higiene e segurança já não são suficientes. As companhias devem ficar atentas para algo tão importante quanto à necessidade de equilibrar vida pessoal e profissional.
Além disso, o momento pede que o cuidado com a saúde mental seja priorizado. Uma pesquisa feita por uma empresa suíça de recursos humanos que atua em 60 países, mostra que 38% dos entrevistados sofreram de Síndrome de Burnout ao longo de 2021. Diante dessas informações, é preciso trabalhar na detecção de possíveis problemas de saúde mental e ambientes conflitantes no intuito de reverter o cenário. Nessa hora, vale contar com a ajuda de metodologias para otimizar o processo de descobertas, como os one-on-ones. A técnica consiste no diálogo entre gestores e suas equipes para debater assuntos variados, conectando as expectativas com as demandas existentes.
Benefícios competitivos
Plano de carreira bem estruturado, aumento de salário e promoção são fatores que retém os melhores talentos em uma companhia. Mas já parou para analisar que os colaboradores da sua organização podem buscar algo a mais? Benefícios competitivos podem ser utilizados como estratégia na hora de reter e atrair novos talentos. O salário ofertado pela empresa pode até ser de acordo com a prática de mercado, mas se torna algo ainda mais atrativo quando acompanhado de um pacote completo de benefícios.
Podemos considerar os benefícios empresariais relacionados, a seguir, como os mais atrativos do mercado:
– Participação nos lucros da empresa;
– Auxílio-creche;
– Licenças estendidas;
– Assistência Médica;
– Atividade física;
– Vale-combustível;
– Bolsa de estudos;
– Benefícios flexíveis.
Trabalho híbrido
O modelo de trabalho híbrido foi um dos novos desafios oriundos da pandemia para as organizações. Para quem apostava que seria algo temporário, ele foi adotado de vez por grandes corporações ao redor do mundo. A Accenture realizou uma pesquisa em 2021 que contou com a participação mundial de 9 mil pessoas. Os resultados mostraram que 83% dos entrevistados preferem trabalhar no modelo híbrido. Além disso, o estudo apontou que 63% das companhias com alto potencial de crescimento trabalham com a modalidade “Anywhere Office” (trabalho de qualquer lugar).
Valores alinhados entre empresa e funcionários
Um estudo feito pela Future Workplace e Blue Beyond Consulting constatou que de cada 10 entrevistados, 8 declararam a relevância do alinhamento de seus propósitos com o da empresa. Mais da metade respondeu que são capazes de abrir mão do emprego caso as ideias de seus empregadores não estejam em sintonia com as suas. Além disso, os participantes afirmaram que consideram importante que seus ambientes de trabalho sejam instituições benéficas para toda a sociedade. Quando os objetivos pessoais andam em consonância com os propósitos maiores da organização, os colaboradores sentem-se engajados e motivados.
Contratação baseada em habilidades
A aplicação do critério vai além da apresentação de diplomas das áreas para as oportunidades. Isso acontece devido à rápida evolução da tecnologia e a oferta da inteligência artificial como aliada para as organizações. O recurso viabiliza a automatização de determinadas tarefas e a criação de ofícios que pedem novas aptidões sob demanda. Por isso, os diplomas passam a ser considerados um concorrente fácil de vencer. Empresas como a Google e Apple já trabalham sob essa tendência. Há ofertas de vagas com remuneração bem expressiva para quem tem habilidades sob demanda mesmo sem diploma.
RH mais qualificado
A Future Workplace, em parceria com a GP Strategies, realizou uma pesquisa que trouxe à tona um dado interessante. Ao focar no treinamento e desenvolvimento das principais funções do negócio, o RH não tem investido na sua própria equipe. Informações como essa dão a deixa para oportunidades de melhorias como, por exemplo, a implementação do RH ágil. Seus valores agregarão bastante às demandas, otimizando processos e entregando serviços cada vez melhores.
People Analytics: RH baseado em dados
Muitos gestores precisam mapear os seus processos e pessoas neles envolvidas, mas não sabem como fazê-lo de forma precisa. Uma solução para este dilema é apostar no People Analytics. A metodologia é utilizada para o processo de coleta e análise de dados na área de gestão de pessoas nas organizações. O objetivo do People Analytics é implementar as normas do Business Intelligence, ou Inteligência de mercado ao universo de gestão e gente.
Fonte: Portal Mundo RH