Como o RH da Camil Alimentos lidou com três aquisições consecutivas 

Com seis décadas de história, a Camil Alimentos integrou mais três operações em seu negócio nos últimos três anos: café, massas e biscoitos. A companhia, que já trabalha com arroz, feijão, açúcar e pescados, cresceu 140% desde então, e hoje conta com 6,2 mil funcionários só no Brasil – são quase 8 mil na América do Sul.

Todo esse volume traz consideráveis desafios para o RH, como incorporar os novos colaboradores à cultura da empresa, equiparar pacotes de benefícios, bem como manter o engajamento das pessoas que já fazem parte do time da companhia. 

Segundo Erika Magalhães, diretora de RH da companhia, o segredo do sucesso está em ter uma cultura organizacional forte e adaptá-la para receber os novos colaboradores – além de levar em consideração a história e expertise dessas pessoas. “A gente sempre teve um cuidado muito grande com as pessoas que passam a fazer parte do nosso time. Não podemos perder conhecimento ou jogar fora histórias de sucesso”, ressaltou ela. Ela afirma ainda que, de tanta experiência no assunto, hoje a Camil tem uma receita para lidar com a fusão de empresas.

O começo de tudo

O RH entra em ação assim que descobre sobre a aquisição, e a protagonista é a área de benefícios. “Ela fica sabendo o que tem a operação a ser adquirida e avalia o que nós temos e podemos adaptar para oferecer. Isso vai desde o plano de saúde até o que é servido no refeitório. A gente olha tudo”, enfatizou. 

A equipe faz um preparatório para a transição, que envolve pessoas de todas as áreas, e organiza o onboarding dos novos colaboradores. Erika Magalhães explica que, no primeiro dia dessas pessoas, há uma conversa inicial com o presidente da Camil e alguns diretores – como ela própria – para acolher os novos colaboradores. A empresa entrega cestas com os produtos da companhia e insiste no lema de que “a família está aumentando”, observou. 

Depois vêm os programas de integração. Os primeiros esforços são direcionados ao pessoal de vendas, para não perder tempo. “A gente faz reuniões por região ou com todo mundo junto. É o momento dos vendedores da Santa Amália, por exemplo, passarem para nossos antigos vendedores um pouco de sua expertise em vender macarrão”, evidenciou. Há troca de conhecimentos de cada marca, e os treinamentos ficam disponíveis para acesso posterior.

Fonte: Portal Você RH