
A pesquisa Guia Salarial 2023, sobre remuneração e tendências de recrutamento, apontou que contratar e manter colaboradores qualificados são hoje os principais desafios das empresas. Por isso, muitas companhias estão adotando uma abordagem inovadora e estabelecendo parcerias com universidades para identificar e recrutar talentos promissores ainda em formação.
Se para empresas e estudantes esse tipo de atitude é vantajoso por ajudar recrutadores a encontrar novos talentos e profissionais a conseguir oportunidades no mercado, para as universidades é uma forma de complementar a formação de seus alunos com atividades que não são contempladas na grade curricular. Contribuir para o desenvolvimento de tecnologias que aumentam a eficiência e diminuem o uso de recursos financeiros e ambientais também está entre os objetivos da iniciativa.
Como recrutar talentos ainda na universidade?
Dentro deste contexto e como um marco de seus 40 anos, a empresa GDM lançou no ano passado o “Desafio GDM Universidades” em conjunto com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Participaram do programa cerca de 100 estudantes, que desenvolveram projetos de pesquisa sobre “Uso e potencialidades da implementação da seleção genômica em programas de melhoramento de soja e milho”. Os três primeiros colocados de cada universidade receberam prêmios em dinheiro, além da oportunidade de aplicarem seus conhecimentos de forma prática e terem contato com uma empresa que é referência em sua futura área de atuação.
“Trazer o conhecimento desses profissionais para dentro da organização faz parte do processo de evolução da GDM. A empresa está buscando atrair talentos e desenvolver novas competências, equilibrando habilidades técnicas e vinculadas à visão estratégica e de negócios”, afirma Cristiane Oliveira, diretora global de Recursos Humanos.
Tecnologia e sustentabilidade
Contribuir para o desenvolvimento de tecnologias que aumentam a eficiência e diminuem o uso de recursos financeiros e ambientais também está entre os objetivos do desafio GDM. Ao implementar uma plataforma de predição genômica dentro de um programa de melhoramento genético, foi possível reduzir o número de áreas utilizadas para plantio e, automaticamente, o uso de defensivos agrícolas. Há uma série de ganhos para a sociedade, para os agricultores e para o meio ambiente. Iniciativas como o Desafio GDM Universidades podem trazer distintas soluções para as demandas corporativas”, afirma um dos executivos da GDM.
“Foi muito importante discutir os temas e ideias com profissionais da área, o que tornou essa experiência muito enriquecedora para mim e aos demais estudantes”, destaca Leonardo Costa, estudante de doutorado em genética e melhoramento de plantas da Universidade Federal de Lavras, participante desta primeira edição do Desafio. Os resultados do projeto foram tão satisfatórios que a empresa já planeja a segunda edição do
Fonte: Exame