Felicidade é o novo indicador do grau de performance no trabalho

A felicidade pode ter impacto na produtividade dos colaboradores? A resposta é sim, e de forma muito significativa. A afirmação positiva vem de pesquisa realizada pela Saïd Business School intitulada “A felicidade melhora a produtividade do trabalhador?”, mostrando que os trabalhadores mais felizes eram 12% mais produtivos do que os infelizes. 

O estudo apontou também que funcionários mais felizes são propensos a errar menos. Isso, pelo fato de não tenderem a perder o foco facilmente no que estão executando, gerando, assim, maior eficiência e produtividade. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, como maior motivação, engajamento e criatividade. Desta forma, as evidências reveladas pela verificação demostram que priorizar a felicidades dos colaboradores é necessário para impulsionar o desempenho das equipes.

E é fundamental destacar que mesmo que a empresa tenha salários iniciais acima da média para incentivar o time, somente isso não é garantia de engajamento e de motivação. Os líderes precisam se concentrar nas sete necessidades humanas dos funcionários de alto desempenho: bem-estar, conexão, clareza e certeza, significado, desafio, visão futura e felicidade. Pois, assim, ao atender a essas demandas, conseguem promover uma cultura de segurança psicológica e criar um ambiente de trabalho onde as pessoas se sintam valorizadas, engajadas e motivadas a fazer o seu melhor. O que leva ao aumento da produtividade e da lucratividade.

Uma das maneiras de começar a implementar essa estratégia é realizar reuniões individuais com foco em conexão. Desta forma, os líderes podem entender os objetivos pessoais e profissionais dos funcionários, proporcionando orientação para que eles consigam alcançá-los.

O impacto na retenção

Produtividade e maior desempenho de vendas não são os únicos benefícios. Funcionários felizes também são mais leais e menos propensos a deixar o emprego, o que reduz custos com recrutamento e treinamento. Além disso, têm maior probabilidade de ter melhor saúde mental e bem-estar, levando a um ambiente de trabalho positivo e a melhores relacionamentos entre colegas.

Já foi o tempo em que os funcionários eram vistos como recursos a serem movimentados ou tratados como máquinas. As empresas de hoje estão percebendo que o verdadeiro sucesso está na construção de uma força de trabalho feliz e engajada, que investe na visão e na missão da companhia. E esta não é apenas uma ideia bem-intencionada – ela é sustentada por dados concretos.

O que isso significa para as empresas? Que as que priorizam a felicidade e o bem-estar dos funcionários têm maior probabilidade de obter maior lucratividade e sucesso. Significa que devemos investir em iniciativas e programas que promovam uma cultura positiva no local de trabalho, como programas de bem-estar, atividades de formação de equipes e oportunidades de crescimento e desenvolvimento.

Desbloqueando o potencial dos funcionários

Investir na felicidade também significa repensar o papel do RH dentro das organizações. A ênfase deve estar na necessidade de se afastar dos papéis tradicionais de RH focados em conformidade e focar nas pessoas e na cultura. Ao fazer isso, as empresas conseguirão estimular todo o potencial dos funcionários e criar um ambiente propício à felicidade, engajamento e sucesso.

Mas não cabe apenas aos departamentos de recursos humanos criar uma cultura feliz no local de trabalho. Cada um tem um papel a desempenhar na criação de um ambiente positivo. Cabe a cada funcionário contribuir para uma cultura de positividade, respeito e colaboração.

A mudança para uma abordagem mais humanística dos recursos humanos não é apenas uma ideia que está na moda, é um caminho comprovado para o sucesso. Ao priorizar a felicidade e o bem-estar dos funcionários, as empresas criam uma cultura que conduz à produtividade, ao engajamento e ao sucesso. 

Fonte: Site Fast Company Brasil